Queria ver seu rosto nesse quarto escuro ao menos uma última vez. Escutar os sussurros da sua voz.

Mas aqui estou e um vazio que não partiu

Não me importa o que milhões e milhões de vozes dizem, se é a sua que quero ouvir

Não adianta ver estrelas no céu, sem você já não está aqui

Rostos e rosto e nenhum se encaixa no seu, minha paz, meu porto seguro se tornou migalhas, ruínas

Não me importa que digam que é apenas um momento ruim, nada voltara a ser como era. Nossa chance de final feliz está soterrada por camadas e camadas de terra.

Lágrimas virão, mas eu ainda sinto seu amor em mim.


Quando deixamos de sonhar de olhos abertos, aqueles sonhos que tanto almejamos. Esvaem-se com a facilidade que se propaga “desista”.

Quantas vezes sonhamos em nos tornar aquilo que desejamos, mas o máximo que fazemos e alcançar ou se jogado nas vontades alheias.

Apaga-se nos sonhos, mostra-se uma realidade prisioneira e fria como mármore. Vedam-se os olhos para que deixemos de sonhar, tampa-se o sol dos sonhos, meus desejos serão os seus desejos, seus sonhos são meros devaneios.

Caia as vedas mesmo que seja tarde demais para sonhar, desejar ou realizar. Caia as vedas que cobrem nossos olhos nos deixem ao menos tentar.

E quando elas caírem pelo menos se idealizou um pequeno sonho que se tornou real.